domingo, 26 de setembro de 2010

Logística Reversa e as Empresas

A logística reversa, também conhecida por reversível ou inversa, é a área da logística que trata do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até o local de origem. Existente a muito tempo, os processos de logística inversa, entretanto, não eram tratados e denominados como tal. Como exemplos de logística reversa, temos: o retorno das garrafas e vasilhames, a recolha / coleta de lixos e resíduos recicláveis. Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes segmentos de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais; o tem o de vida útil dos aterros; a escassez de matérias-primas; as políticas e legislaçõs ambientais.

A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, dentre outros, percorrendo o caminho inverso da distribuição, desde o ponto de consumo até o local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema bastante sensível e muito oportuno.

Em resumo, a logística reversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo mais eficiente e eficaz:

• O retorno ou a recuperação de produtos;
• A redução do consumo de matérias-primas;
• A reciclagem, substituição e e reutilização de materiais;
• A deposição adequada de resíduos;
• A reparação e refabricação de produtos;

Desta forma, obten-se um circuito fechado da cadeia de distribuição e abastecimento, tornando o ciclo logístico completo.

Outro ponto importante, é que estes fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objeto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar e outros tipo de equipamentos em fim de vida útil.

Atividades mais comuns do processo logístico inverso:

• retorno do produto à origem;
• revenda do produto retornado;
• venda do produto num mercado secundário;
• venda do produto via outlet;
• venda do produto com desconto;
• remanufatura;
• reciclagem;
• reparação ou reabilitação;
• doação.

A logística reversa está inclusa na Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Está lei expressa em seu artigo 33, a obrigação da implementação da logística reversa para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

• agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;
• pilhas e baterias;
• pneus;
• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
• lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
• produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Claro que para toda mudança brusca, é necessário tempo para adequação e, planejamento por parte das empresas, a fim de obedecer a legislação vigente.

                        Figura 1: Processo logístico direto e reverso.
                        Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/prod/v17n2/a14fig01.gif

                        Figura 2: Processo reverso e revalorização.
                        Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/prod/v16n1/a11fig02.gif

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