sábado, 30 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Já começou!

Achei que iria demorar um pouco mais, porém, navios já roubam água dos rios da Amazônia.

Depois de tanto sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. Uma nova modalidade de saque aos recursos naturais, denominada hidropirataria.

Cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais. Porém a falta de uma denúncia formal tem impedido a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável por esse tipo de fiscalização, de atuar no caso.

Enquanto as grandes embarcações estrangeiras recriam a pirataria do Século 16, a burocracia impede o bloqueio desta nova forma de saque das riquezas nacionais.

O dirigente Ivo Brasil da Agência Nacional de Águas diz estar preocupado com a situação e avalia que precisa dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal e, que necessitam de comprovação da atividade criminosa para dar início a uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico.

Vale ressaltar que a defesa das águas brasileiras está na Constituição Federal, no Artigo 20, que trata dos Bens da União. Em seu inciso III, a legislação determina que rios e quaisquer correntes de água no território nacional, inclusive o espaço do mar territorial, é pertencente à União, logo, estamos sendo roubados.

Este artigo é complementado pela Lei 9.433/97, sobre Política Nacional de Recursos Hídricos, em seu Art. 1, inciso II, que estabelece que a água é um recurso limitado, dotado de valor econômico. E ainda determina que o poder público seja o responsável pela licença para uso dos recursos hídricos, “como derivação ou captação de parcela de água”.

Os cálculos preliminares apontam que cada navio tem se abastecido com 250 milhões de litros.

Fiscalização ou “Fiasco”lização

Mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) ainda não foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.

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A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil. A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce.

Como em todos os setores do Poder Público no Brasil, a ausência de fiscalização é a grande falha e, neste caso, facilita o contrabando do recurso. Apenas o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá.

Essa água, apesar de conter um volume residual elevado, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas e osmose reversa. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus.

Água ou Fauna?

O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo do fim da Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, amenizando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.

Entretanto, ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar às águas amazônicas para outros continentes. O que traz novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.

Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.

Segundo pesquisador do INPE, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. Sendo que está é uma estimativa extremamente conservadora, pois há os que defendem 26% como o número mais preciso.

A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, como a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluviométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.

Sob este cenário, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva. Mas a importância deste reduto natural poderá ser num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria o grande alvo numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas.

Minimizar possíveis conflitos é o grande objetivo de projetos como o Sistema de Vigilância da Amazônia. Outro aspecto a ser contornado e reajustado é a falta de monitoramento eficaz da foz do rio.

As águas amazônicas representam 68% de toda água do Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é imensurável. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível por habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas (21% da população mundial) não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo (África) podem ser qualificados como limpos.

sábado, 16 de outubro de 2010

O Planeta Terra já terminou com os recursos deste ano

Segundo cálculos realizados pela ONG Global Footprint Network (GFN) no dia 21/08 deste ano, os habitantes da Terra esgotaram os recursos que o planeta lhes proporciona para o período de um na, passando a viver utilizando os créditos relativos ao próximo ano.

De acordo com o estudo, foram necessários apenas 9 meses para esgotar totalmente o que seria o orçamento ecológico de um ano inteiro.

A GFN calcula periodicamente o dia em que vão acabar os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer pelo período de um ano, consumidos pela humanidade de maneira despreocupada, aí incluída o consumo de água doce e matérias-primas, entre elas as alimentares.


No ano de 2009, de acordo com Mathis Wackernagel , o limite foi atingido no dia 25 de setembro, porém isso não quer dizer que o desperdício tenha sido diferente.

Para o ano de 2010 foram realizadas revisões nos cálculos, desta forma observou-se que haviam superestimado a produtividade das florestas e pastos, com sua capacidade de regeneração e absorção de nossos excessos e emissões, o que torna os resultados ainda mais agravantes.

Para efetuar este cálculo os pesquisadores da GFN baseiam-se numa equação formada pelo fornecimento de serviços e de recursos pela natureza e os compara ao consumo humano, aos dejetos, resíduos e emissões poluentes, como o CO² , gerados pela própria humanidade.

Só para se ter idéia, a ONG afirma que em 1980, cerca de 30 anos atrás, nossa pegada ecológica era equivalente aos recursos disponíveis na Terra. Nos dias de hoje, nosso consumo faz extrapolar esse número em 50%.


Desta forma “se gastamos nosso orçamento anual em nove meses, devemos provavelmente muito preocupados: a situação não é menos perigosa quando estamos tratando de nosso orçamento ecológico” relata Wackernagel.

O mesmo completa: “A mudança climática, a perda da biodiversidade, o desmatamento, a falta de água e de alimentos são sinais de que não podemos mais continuar a consumir o nosso crédito”.

Para que seja possível inverter esta tendência, é necessário “que a população pare de crescer e comece a diminuir” um tabu que começa a ser desmistificado vagarosamente entre os demógrafos e os defensores do meio ambiente, inclusive entre membros das Nações Unidas.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/783741-terra-termina-reursos-do-ano-no-sabado-calcula-ong.shtml

Mais uma vez o responsável pelo grave problema apresentado é a postura da população mundial, referente ao seu modo de consumo.

Isso tem que parar!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mais uma do ser humano

Hungria declara emergência por vazamento de lama tóxica.

A humanidade vivenciou hoje mais um desastre ambiental. A Hungria declarou estado de emergência nesta terça-feira (05/10/2010) após um grande vazamento de lama tóxica invadiu várias cidades e vilarejos, deixando quatro pessoas mortas, sendo que duas são crianças e, 120 afetadas, no que as autoridades do país já consideram o pior acidente químico do país.

A lama vermelha é um resíduo poluente e tóxico, de coloração vermelha, produzido pelo processamento de bauxita para fabricação de alumínio.

Um volume de aproximadamente 1,1 de m³ invdiu três cidades da Hungria, após o rompimento das contenções de um reservatório da Companhia Húngara de Produção e Compercio de Alumínio (MAL).

Os trabalhos de reparos aos danos causados e aos que ainda vão surgir já iniciaram, porém, vamos aos fatos:

- Volume

• A companhia informou, em um comunicado, que mesmo depois do vazamento, até 98% da lama vermelha ainda permanecia contidos no reservatório.

Imagine a quantidade de resíduos que têm esse reservatório!

- Composição química do resíduo:

• Sua composição varia conforme o método aplicado na produção: em média 24-45% de óxidos de ferro, 15-28% de óxidos de alumínio, 3-11% de dióxido de titânio, 50-20% de sílica, 5-12% de óxidos de sódio e 1-3% de óxido de cálcio. Em quantidades inferiores a 1% encontra-se gálio, vanádio e terras raras. O hidróxido de sódio (soda cáustica) também encontrado em sua composição faz com que a lama seja altamente corrosiva.

- Impacto Socioambiental

• A alta concentração de hidróxido de sódio é perigosa. Os efeitos são de curto prazo, pois se dilui em água. O efeito corrosivo também destrói a vegetação.

• Metais pesados contaminam solo e lençóis freáticos. Pode comprometer o abastecimento de água potável. Beber água contaminada com metais pesados pode acarretar doenças e danos neurológicos, cardiovasculares, metabólicos e genéticos (cancerígenos e mutagênicos). Seres humanos se contaminam ao consumir alimento feito a partir de animais contaminados.


Fonte: http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/hungria-decreta-alerta-vazamento-toxico-602014.html

É bem provável que muitos danos ainda virão, pois como podemos ver na foto acima, estão enxaguando o local com água, gerando ainda mais efluente contaminante. Sem falar na importante estrutura de segurança, onde apenas o militar que está jogando água está com equipamento de proteção.

Uma possibilidade socioambiental eficiente para acabar com esse reservatório de resíduo, e outros espalhados pelo mundo, seria analisá-lo, a fim de utilizá-lo como matéria-prima para a cerâmica vermelha, claro, obedecendo aos limites toleráveis das substancias e compostos nestes materiais. Já existem trabalhos sobre este assunto, que consistem em misturar uma quantidade deste resíduo com a argila sedimentar, ou seja, serviria como matéria-prima na produção de novos produtos.

Com este grave acidente ocorrido, grandes áreas deixarão de ser habitadas, pois, o solo estará contaminado, a água superficial estará contaminada, a água subterrânea não servirá para uso, a vegetação morrerá e os animais estarão intoxicados.

Como é de praxe em qualquer lugar do mundo, esse fato logo será esquecido, porém as conseqüências desta catástrofe nos lembrarão mais uma vez que o ser humano é fantástico, sendo o único ser vivo a destruir seu habitat natural.

sábado, 2 de outubro de 2010

Cálculo do consumo de energia. Passe a idéia adiante.

Todos os dias muitos especialistas dizem em coro que consumir de forma consciente gera a uma atuação social ambientalmente responsável. Isso significa um planeta menos afetado com a nossa “estadia” e, quase sempre, economia no bolso de quem pratica.

Para por essa tarefa em prática, é preciso ter no nosso cotidiano a mesma atitude que se tem ao fazer o gerenciamento do orçamento familiar. A conta de energia elétrica não deve ser tratada diferentemente da conta do supermercado, da escola ou dos gastos com o carro.

Uma maneira fácil de começar a fazer esse controle é compreender como o consumo de energia pode ser melhor administrado no seu dia a dia e não somente quando chega a hora de pagar a conta de luz, no mês seguinte.

Para dar início a atividade de controle do consumo de energia elétrica, é preciso saber calcular exatamente o consumo. Para isso, é só seguir os quatro passos abaixo:

1. Localiza-se a potência de um aparelho elétrico (esse número, em watts, vem no próprio aparelho ou em seus manuais e embalagens).

2. Dividi-se essa potência (P) por 1.000.

3. Multiplica-se pelo tempo(T, em horas) em que o aparelho ficou ligado.

4. Multiplica-se pelo custo do kWh de sua concessionária de energia. A conta de luz traz o valor unitário do kWh (kilowatt/hora).

Resumindo, você terá P (potência) dividido por 1.000, multiplicado pelo T (tempo). O resultado deverá ser novamente multiplicado pelo valor do kWh.

Um bom exemplo é o chuveiro elétrico, que apresenta uma média de potência é 5.000 watts. Se considerarmos um banho de 20 minutos, a conta será: P (5.000 dividido por 1.000 = 5) multiplicado por T (tempo, que foi de 20 minutos por dia x 30 dias = 600 minutos, ou 10 horas/mês). Então, basta multiplicar 5 por 10 horas = 50. Por fim, multiplique pelo valor do kWh de sua conta (exemplo, R$ 0,30). Só com o banho de uma pessoa, o gasto será de R$ 15,00 por mês.


Agora passe essa fórmula para dentro de uma casa, onde mora uma família de quatro pessoas. A conta pula para R$ 60,00 reais apenas com o chuveiro (fora os gastos com impostos que são cobrados em cima do valor da conta). Desta forma, se o tempo do banho for reduzido para 10 minutos por dia, uma família de quatro pessoas deixará de gastar R$ 360,00 por ano, apenas referindo-se a um aparelho doméstico. É possível economizar em todo o resto. O planeta lucrará também, porém este valor não é possível expressar em números.