Logística Reversa e as Empresas

A logística reversa, também conhecida por reversível ou inversa, é a área da logística que trata do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até o local de origem. Existente a muito tempo, os processos de logística inversa, entretanto, não eram tratados e denominados como tal. Como exemplos de logística reversa, temos: o retorno das garrafas e vasilhames, a recolha / coleta de lixos e resíduos recicláveis. Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes segmentos de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais; o tem o de vida útil dos aterros; a escassez de matérias-primas; as políticas e legislaçõs ambientais.

A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, dentre outros, percorrendo o caminho inverso da distribuição, desde o ponto de consumo até o local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema bastante sensível e muito oportuno.

Em resumo, a logística reversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo mais eficiente e eficaz:

• O retorno ou a recuperação de produtos;

• A redução do consumo de matérias-primas;

• A reciclagem, substituição e e reutilização de materiais;

• A deposição adequada de resíduos;

• A reparação e refabricação de produtos;

Desta forma, obten-se um circuito fechado da cadeia de distribuição e abastecimento, tornando o ciclo logístico completo.

Outro ponto importante, é que estes fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objeto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar e outros tipo de equipamentos em fim de vida útil.

Atividades mais comuns do processo logístico inverso:

• retorno do produto à origem;

• revenda do produto retornado;

• venda do produto num mercado secundário;

• venda do produto via outlet;

• venda do produto com desconto;

• remanufatura;

• reciclagem;

• reparação ou reabilitação;

• doação.

A logística reversa está inclusa na Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Está lei expressa em seu artigo 33, a obrigação da implementação da logística reversa para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

• agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;

• pilhas e baterias;

• pneus;

• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

• lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

• produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Claro que para toda mudança brusca, é necessário tempo para adequação e, planejamento por parte das empresas, a fim de obedecer a legislação vigente.

                        Figura 1: Processo logístico direto e reverso.
                        Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/prod/v17n2/a14fig01.gif

                        Figura 2: Processo reverso e revalorização.
                        Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/prod/v16n1/a11fig02.gif

Conscientização Socioambiental

Artigo publicado no Jornal da Manhã na edição válida para os dias 25 e 26 de setembro.

VII Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental

Artigo publicado no VII Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental, realizado em maio de 2010 no Centro de Eventos da PUCRS - Porto Alegre - RS.

O evento reuniu representantes de grandes empresas nacionais e multinacionais para debater projetos e trabalhos referentes a melhorias ambientais nas empresas.

Os temas abordados foram muitos, envolvendo as temáticas: resíduos sólidos urbanos, resíduos (industriais) perigosos, geração de efluente industrial e reúso, emissões atmosféricas, impactos socioambiental, projetos de P+L (Produção Mais Limpa), entre outros.

O artigo “Reúso da água na Indústria de Tintas” ilustrado na figura 01, foi fruto de um estudo realizado na área industrial da Resicolor Tintas, localizada no Sul de Santa Catarina, referente a implantação do sistema de reúso de água tratada.

A efluente industrial passa por tratamento, a fim de reutilizar a água tratada no sistema de limpeza de tanques. Essa prática fez com que uma grande quantidade de água seja economizada. 

                          Fonte: Humberto Sônego.

                                   Figura 01: Artigo Publicado no Evento.

                                   Fonte: Organização do evento.

Reúso da Água

É de conhecimento de todos que a água é o elemento mais importante para a sobrevivência de todos os seres vivos. Sem ela, o planeta seria totalmente inabitável. Porém, mesmo assim, a humanidade tem consumido esse recurso sem qualquer controle, desperdiçado este elemento valioso.

Dados divulgados pela ONU em 2006 apontam que até 2050 mais de 45% da população mundial não terá acesso à água de boa qualidade, para suprir suas necessidades. Se prestarmos atenção, este problema já está presente no nosso cotidiano.

Uma das teorias para o surgimento da água no planeta foi quando a Terra, até então uma bola incandescente, formada por um conjunto de gases, liberou esses de seu interior. Alguns desses gases eram compostos de amônia, hidrogênio, metano e o vapor d’água. A água foi liberada através das atividades vulcânicas há bilhões de anos atrás quando o planeta se resfriou, dando inicio ao ciclo hidrológico do planeta.

A água do planeta, quase em sua totalidade, está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (cerca de 2,9%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície (água subterrânea). Só uma fração muito pequena (cerca de 1%) de toda a água terrestre está diretamente disponível ao homem e aos outros organismos, sob a forma de lagos e rios, ou como umidade presente no solo, na atmosfera e como componente dos mais diversos organismos. (Universidade Federal de Santa Catarina).

                      Fonte: www.enq.ufsc.br/.../constituintes/links/Agua.htm

“Temos pouca água para o nosso consumo nos rios e lagos, sendo que a maior parte está nas geleiras e aqüíferos (água subterrânea)”, disse Waverli - Universidade Metodista de São Paulo. Segundo ela, países árabes têm levado icebergs içados de navio para suprir a escassez de água em seus territórios, causando um grave impacto ambiental.

Para pensar:

- Fabricar 1 (um) quilo de aço são necessários 600 litros de água.

- Fabricar 1 (um) litro de cerveja precisa de três a quatro litros. “A maior produtora de cerveja do Brasil gasta por ano 30 bilhões de água.

- Para se fazer uma folha de papel sulfite se gasta 380 litros.

- Se todas as pessoas do mundo consumissem como os americanos, seriam necessários cinco planetas Terra.

Se hoje a guerra é pelo petróleo, é bem provável que daqui a alguns anos, essa guerra seja pela água. E com certeza o Brasil será alvo de muitos países, pois possui cerca de 13,7% de toda água potável existente.

Uma alternativa para esse grande problema seria suprir as necessidades das futuras gerações com o uso das águas subterrâneas. Um dos maiores aqüíferos do Brasil e do mundo localiza-se no Sul do país e também faz o abastecimento de cidades vizinhas. Seria uma possibilidade segura, se não existisse a possibilidade dessa reserva já apresentar níveis de contaminação. Outro problema com relação as águas subterrâneas é devido ao uso indiscriminado, fazendo com que algumas cidades afundem literalmente devido a drenagem, como a Cidade do México (México).

Com essa atual carência de água, a reciclagem e o reaproveitamento, surgem como alternativas para o uso racional da água. A técnica de reciclagem da água pode ser definida como sendo o reaproveitamento da mesma para uma função específica, apesar da alteração de suas qualidades físico-químicas e microbiológicas em função do próprio uso.

Investir na recirculação, recuperação e reúso da água, além de poder salvar a vida na Terra, apresenta-se como uma técnica que posibilita uma grande economia.

                                          Fonte: Humberto Sônego - 2009.

Capitalismo e o Meio Ambiente

Artigo publicado no Jornal da Manhã na edição do dia 31/08/2010.