segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mais radioatividade ao mar

Ao contrário do que possam pensar os riscos de um desastre nuclear ainda não acabaram.

Passado o principal impacto das notícias sobre a catástrofe provocada no Japão pelo terremoto seguido de tsunamis, a imprensa segue moderadamente os relatos sobre o agravamento da situação criada por vazamentos na usina nuclear de Fukushima.

Para a população em geral, a ausência do assunto nas primeiras páginas pode dar a entender que a crise está sob controle, mas é em circunstâncias como essa que a falta de atenção inibe medidas preventivas e pode resultar em desastres no futuro.

Uma coleta de reportagens nas edições de quarta-feira (30/3) dos jornais ensina que a detecção de plutônio no solo e a descoberta de alta radioatividade na água, na região da usina, obrigam o governo japonês a decretar estado de "alerta máximo".

O primeiro-ministro japonês Naoto Kan declarou em reunião no Parlamento que a situação continua imprevisível e que o risco de uma catástrofe nuclear total, com a exposição do núcleo dos reatores, ainda não está descartado.

Também está publicado que as autoridades japonesas estudam aumentar a área de isolamento, mudando o alerta de aconselhamento para uma ordem de retirada da população.

Façam seu papel...

A própria imprensa que lutou tanto pelo direito de ser livre, tem o dever de expor os fatos reais, sem acobertar nenhuma informação, por mais terrível que ela seja. Essas informações mascaradas acabam adiar um maior estudo de controle desta fonte de energia, e proporcionam pensamentos de que o problema esteja “quase” resolvido. E isso não é verdade.

O risco de uma catástrofe ainda maior é gigantesco, pois a radiação continua a ser emitida.


Por incrível que pareça, a empresa que administra a usina de Fukushima, afirmou nesta segunda-feira (4) que iria despejar no Oceano Pacífico cerca de 11,5 mil toneladas de água radioativa acumuladas nas instalações da central, por não encontrar outra solução. Fácil assim. Lançam água radioativa no mar, sem ao menos informar aos países que se localizam das direções das correntes marinhas, o grande risco que estão correndo.


De acordo com a empresa, os índices de radiação na água que será jogada ao mar são aproximadamente 100 vezes acima do normal. Isso tudo para abrir espaço para armazenamento de outro volume de água com índice de radiação muito maior.

Fonte: http://www.produtosperigosos.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=2766

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